terça-feira, 2 de julho de 2013

Santos Mártires Manuel, Sabel e Ismael da Pérsia

Santos Mártires Manuel, Sabel e Ismael da Pérsia17 de junho -- Calendário Juliano



Manuel, Sabel e Ismael eram irmãos e descendiam de uma ilustre família pesa. O pai deles era pagão, mas a mãe era cristã e os batizou e criou na fé. Quando se tornaram adultos, adentraram a carreira militar. Tornaram-se mensageiros do Imperador Persa, Alamundar, e nessa função concluíram um tratado de paz com o Imperador Juliano, o Apóstata [361-363]. Juliano os recebeu com honras, mas quando os irmãos se recusaram a participar dos sacrifícios da religião estatal romana o Imperador romano se irou. O tratado foi anulado e os embaixadores foram encarcerados como criminosos comuns. No interrogatório foi-lhes dito que, caso não cedessem às exigências da fé do Imperador, o tratado de paz não poderia ser firmado. Os irmãos responderam que haviam sido enviados para tratar assuntos de Estado e não para argumentar sobre os deuses romanos.

Vendo que permaneciam firmes na fé, Juliano os entregou para serem torturados. Durante os tormentos, os irmãos oravam sem cessar a Deus e não pareciam sentir os ferimentos. Por fim, os santos mártires foram decapitados. Juliano ordenou que seus corpos fossem queimados, mas de repente ocorreu um terremoto. O chão se abriu e engoliu os corpos dos santos. 

Dias depois, após grande oração dos cristãos, os corpos reapareceram exalando uma doce fragrância. Muitos pagãos romanos se converteram diante deste milagre e foram assim batizados. Os santos foram enterrados em 362 e suas relíquias foram glorificadas com numerosos milagres.

Quando soube que seus emissários haviam sido mortos e que Juliano marchava contra ele, Alamundar reuniu um grande exército e se estabeleceu nas fronteiras de seus domínios. Os persas derrotaram os romanos em uma grande batalha na qual Juliano, o Apóstata, tombou morto pelo Grande Mártir São Mercúrio [comemorado em 24 de novembro]. 30 anos depois, o Imperador Teodósio, o Grande, construiu em Constantinopla uma Igreja em honra dos santos mártires, e São Germano, Patriarca de Constantinopla, então ainda um hieromonge, escreve um cânone em memória dos santos irmãos.

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